terça-feira, 31 de agosto de 2010

ARROZ COM BACALHAU, AO FORNO



Esta receita vem de grande cozinheira, de beira de praia...
Ah! camarões, belos peixes e olhos mineiros grandes e vivos para apreciar a comida e, à luz do sol capixaba, ao som de mar bem calmo...deliciar-se com pratos práticos e fartos!
Este é um deles:


ARROZ COM BACALHAU

600 grs. de bacalhau desfiado

2 xicaras de arroz cru, lavado

4 xicaras de água

1 xicara de azeite

1 xicara de azeitona preta

1 xicara de azeitona verde

1 lata de ervilha com o líquido

2 xicaras de pimentão ralado

1 xicara de queijo parmezão

2 cebolas raladas

Pimentão vermelho picado pequeno

Pimenta dedo de moça a gosto (picada)

1 pitada de colorau para dar cor

1 colher de café de alho (refogado junto com a cebola)



Colocar tudo num pirex untado e misturar;
Cobrir com papel alumínio.
Forno quente por 40 minutos mais ou menos.
Rende muito. Se fizer metade dá para 6 pessoas

domingo, 29 de agosto de 2010

"Que importa quem fala, disse alguém, que importa quem fala"!



"Que importa quem fala?"
... Nessa indiferença se afirma o princípio ético, talvez o mais fundamental, da escrita contemporânea. O apagamento do autor tornou-se desde então, para a crítica, um tema cotidiano. Mas o essencial não é constatar uma vez mais seu desaparecimento; é preciso descobrir, como lugar vazio - ao mesmo tempo indiferente e obrigatório - o lugar em que sua função é exercida.(Michel Foucault)

...Postei uma receita de pão de queijo que a mim fora endereçada, a pedidos, por Maria Tereza, minha prima.
Postei-a como “Pão de Queijo do Queens”, referindo-me a uma deliciosa tarde e noite no Queens, com amigos queridos, farra e prosa.
 Reinventei o nome, troquei ingredientes.
A receita, de antiga, usava “banha” e “claybon” único título à época da margarina, que era vendido em dois pequenos tabletes de 100grs.
De repente, incomodou-me o não ter citado a origem da receita.
 Origem? De quem Maria Tereza a terá recebido?
Veio-me a questão tão atual do “conceito de autor”, em tempos de internet. Propriedade intelectual? Enveredei-me por longas elucubrações que me levaram a distantes e cada vez mais próximas constatações...
A escrita se desenrola como um jogo que vai infalivelmente além de suas regras, e passa assim para fora.
Na escrita, não se trata da manifestação ou da exaltação do gesto de escrever; não se trata da amarração de um sujeito em uma linguagem.
 Trata-se da abertura de um espaço onde o sujeito que escreve não pára de desaparecer.
Desaparecido o autor, a receita do delicioso pão de queijo, aposto, permanecerá rolando on-line e, se executada, deliciando bocas e almas, em tardes e noites entre amigos, seja lá onde fôr!...

Que importa quem fala, disse alguém, que importa quem fala!Samuel Beckett












quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Pão de queijo do Queen's ...Ao Rodrigo Otávio, com carinho




Estes já têm história! Aliás, todos têm!
Foram feitos e saboreados no Queen's, acompanhados de deliciosa beringela feita no alho e orégano, distribuidos, como no milagre dos pães, a tantos quantos por ali se deixaram viver, ou ainda vivem, por muitos anos...brasileiros em busca de trabalho, amor, alegria e talvez, certamente,distância de sua terra pelas mais profundas e cotidianas razões.
Aqui, também, por razões práticas (esta receita não exige o escaldamento do polvilho), este pão de queijo se aplica a todas as situações de convívio, conversa e intimidade, como gostamos, em torno da mesa ou em outros lugares...
Façam bom uso!

Pão de queijo

3 ovos (inteiros)
200g de margarina (temperatura ambiente)
2 copos (americanos) de batatas cozidas e espremidas (mais ou menos 1/2kg)
Polvilho azedo até dar ponto de soltar da vasilha, mais ou menos 1/2kg
Sal
Queijo minas curado (ou meia cura) ralado
Amassar bem com as mãos, até dar ponto de enrolar. Forno bem quente.

Se quiser, e fica bom demais, colocar recheio de cebola, alho, orégano, azeitona sem carroço, goiabada, provolone, salaminho.
Pode-se congelar.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

CADÊ O TORRESMO????




Recebi da amiga Cidinha esta preciosidade de comentário, que não pode ser deixado sem trabalho, nem jogado a deus dará...É um comentário que lê o espírito do blog e sua provocação.
Pois nomeia de que formas pode se fazer revestir o desejo, a vida e a  sua pulsação!Tomei a liberdade de, então, fazê-lo motivo de postagem! Vejam o comentário:


"Muito chique esse "amo torresmo". De minha parte amo alegria, amo ser útil e amo também, realmente, amo torresmo feito pela eterna cozinheira, Diva, que deve ter aprendido a fazer com a D. Geralda. A mãezinha, aos 98, em seus devaneios, de vez em quando pergunta em voz alta: "cadê o torresmo"?

Viva, D.Geralda, que conheci muito bem, pergunta, aposto que em chispas de lucidez, pelo seu desejo-torresmo, para espanto dos circunstantes. Aposto, também, que eles devem muito bem advinhar de que se trata!
Então, sabendo-se que é desta senhora, cujo nome é citado com letras maiúsculas...o indefectível Dona Geralda, instituição respeitada e admirada nos seus 98 anos, que parte a pergunta, é bom que a gente a escute! E esta pergunta, aparentemente infantil ou sem sentido, se assim quiserem,  toca, com precisaõ e humor uma questão para cada um:

- CADÊ O TORRESMO?

E salve-se quem puder para respondê-la, por que é pessoal e intransferível a resposta...
Cada um que veja a quantas anda seu torresmo, e a que leva a pergunta...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Receita de pão doce (Tia Jandira)


Um quilo de farinha de trigo

Dez colheres de açúcar refinado

Três ovos

Duas colheres de manteiga. Uma colher de óleo

Uma pitada de sal

Meio litro de leite

Um tablete de fermento biológico que deve ser dissolvido em meio copo de água com duas colheres de açúcar, na véspera.



Amassar tudo muito bem. A massa fica liguenta e mole. Colocar na forma e deixar crescer. Leve ao forno quente e depôs de assado, cobrir com açúcar e canela.

Nem só de pão...



Nem só de pão vive o homem,


as cozinhas,

os amores,

os desejos,

as auroras,

as claras...

tardes em que crescem...os pães,

a chama,

os fornos,

nem só de pão, mas

do calor macio da fatia de vida que ali desliza com café.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pedro de Castro, benvindo ao "Amo Torresmo"!!!

Tia Ângela,


seu texto fez-me pensar sobre minha vida e meus desejos.

Sobre o desejo:o insistente que faz e refaz seu percurso indestrutível.

No meu caso,a arte.O percurso às vezes se desvia,congela,mas sempre,sempre retorna.

Já fui do teatro,da poesia,do desenho,da pintura...Fui nao,sou.

A inspiração,o desejo,sempre

voltam.A necessidade de sentir,expressar e vivenciar toda a grandiosidade do fazer artístico.

E aí,volta e meia durante o caminho me deparei com uma destas formas de expressão artísticas.E minha vida se moldou ao longo dos anos em função destas atividades.

Acho que o caminho do desejo deve ser mesmo indestrutível pois ele sempre se apresenta.Mesmo quando não o percebemos...

Acho que já nascemos todos artistas,alguns é que se esquecem disto.

Pedro de Castro Moreira

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Não é tão simples assim...

A receita primeiro postada a título de abertura deste blog, envia a outro site, que se dedica laboriosamente à culinária, através de seu autor. E começou na experiência de um bar que teve com o pai. Não é de primeira vez, nem de primeiro ano, o desejo é insistente e faz e refaz o seu percurso indestrutível. As vezes se desvia,as vezes se congela, as vezes retorna.Ah! Isso, sim.Sempre retorna. São tours a esmo.Tentei assim, tentei assado,tentei frito,de véspera, dia seguinte, estes são os termos da feitura de um torresmo...E não é qualquer um, tem nome e sobrenome: Torresmo Mineiro. Há outros, sabe-se lá de onde, aposto que de lugares impensáveis! Serão as receitas o "savoir y faire", saber fazer aí as pequenas coisas, feitos e defeitos da vida? O jeito é experimentar, caso se disponham ao risco!

Torresmo Mineiro - Receita indicada por Roberto Viana Pinto

Torresmo Mineiro - Receita indicada por Roberto Viana Pinto