Esta torta advém de longa data, com sabor de infância, de uma vovó Narcisa, vejam!, que se casou quase menina, com um vovô Alcebíades! Que par! Alcebíades, o amante, que do Banquete de Platão, veio a nascer numa cidadezinha da Zona da Mata até encontrar a pequena mocinha Narcisa, que tocava bandolim...e comia como um passarinho, mas cozinhava com destreza os mais deliciosos doces, que era só do que ela gostava, oferecidos aos dez filhos e aos tantos e tantos netos, nas temporadas de férias, à sombra de mangueiras carregadas! Simplicidade e gostosura!
TORTA DONA NARCISA
1 lata de leite condensado
1 ½ lata de leite de vaca
1 colher rasa de Maisena
3 ou 4 gemas desmanchadas no leite
Faz-se um creme (no fogo).
Não deixe ferver muito, é só enquanto engrossa.
Põe-se num pirex bem grande e deixa-se esfriar.
4 colheres cheias de Nescau
4 colheres rasas de açúcar
1 ½ copo de água.
Faz-se uma calda bem grossa com esses ingredientes e passam-se nela os biscoitos(400 ou 300 grs de biscoito champagne);
Quando estiver fria, colocam-se os biscoitos um a um no pirex onde o creme está frio.
Bater as 3 ou 4 claras em neve com uma lata de creme de leite e uma colher de açúcar.
Pôr por cima dos biscoitos e, depois de frio, colocar na geladeira.
Uma das últimas lembranças que tenho de vó Narcisa foi o dia em que cheguei ao apartamento de meus avós na Av.André Cavalcanti,bairro Gutierrez,e minha querida vovó,já com idade bastante avançada,já naquela fase em que as pessoas se tornam crianças novamente,e ela queria brincar de roda comigo.Mas também lembro dela do tempo em que morava em São João Nepomuceno,na casa situada à rua Capitão Basilio,que tinha um quintal enorme,onde funcionava o jardim da infância de minhas tias Léa e Haydée.
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